O discurso do vereador de Aracaju, Sargento Byron (Republicanos), fundador do projeto “Estrelas do Mar”, cidadão preto, foi aplaudido pelo parlamento municipal. Na sessão ordinária desta quinta-feira, 18, o parlamentar usou o pequeno expediente para provocar a Casa Legislativa acerca da necessidade de debater o racismo e as questões relacionadas ao preconceito e à discriminação que violentam a população negra da capital sergipana.

Sargento Byron comemorou o aumento de negros na Câmara de Aracaju (Foto: Gilton Rosas)

Byron destacou a importância do Dia Nacional de Combate ao Racismo e do Dia da Consciência Negra, comemorados nos dias 18 e 20 de novembro, respectivamente, mas reconheceu que esta é uma luta que precisa ser pautada durante todo o ano. “Aproveito para reforçar a necessidade de políticas públicas que reforcem essa consciência negra dos cidadãos aracajuanos, do povo negro que vive em nossa cidade. Precisamos de políticas que garantam os direitos que, por muitos anos, foram-nos negados. Precisamos de pessoas negras ocupando espaços importantes da sociedade. E de uma política pública municipal forte, que enfrente, de verdade, o racismo desde a infância, com educação e inclusão”, destacou o vereador.

Em sua fala, o Sargento celebrou o aumento de parlamentares negros na Câmara de Aracaju. “É muito bom saber que a Câmara de Aracaju avançou nesse sentido, professor Bittencourt, Manoel Marcos, Binho. É muito bom saber que pessoas negras estão estudando, estão sendo incluídas. É muito bom saber que os homens e mulheres negras estão ocupando o espaço e lutando pelos seus direitos. Esses avanços são muito importantes. Mas ainda precisamos de mais. Mais respeito, mais inclusão, mais liberdade, mais proteção”, exclamou.

Conselho Tutelar

O vereador aproveitou, ainda, para lembrar da importante missão dos conselheiros tutelares em Aracaju. Atualmente, a capital sergipana conta com 30 conselheiros, em seis distritos, atuando em defesa dos direitos das crianças e adolescentes. “Esses profissionais são muito relevantes para a nossa sociedade. São agentes que lutam para que os nossos meninos e meninas não sejam violentados, explorados. Profissionais que merecem todo o respeito, admiração e, principalmente, dignidade e melhores condições de trabalho”.

Por Pábulo Henrique, assessor de imprensa parlamentar